DESCRIÇAO DA IMAGEM
A imagem retirada das águas do rio Paraíba em 1717, é de
terracota e mede quarenta
centímetros de
altura. Em estilo seiscentista, como atestado por diversos especialistas que a analisaram (Dr.
Pedro de Oliveira Ribeiro Neto, os monges beneditinos do
Mosteiro de São Salvador, na
Bahia, Dom
Clemente da Silva-Nigra e Dom
Paulo Lachenmayer), acredita-se que originalmente apresentaria uma policromia, como era costume à época, embora não haja documentação que o comprove. A
argila utilizada para a confecção da imagem é oriunda da região de
Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo. Quando foi recolhida pelos pescadores, o corpo estava separado da cabeça e, muito provavelmente, sem a policromia original, devido ao período em que esteve submersa nas águas do
rio.
A cor de
canela com que se apresenta hoje deve-se à exposição secular à
fuligem produzida pelas chamas das velas,
lamparinas e
candeeiros, acesas pelos seus devotos.
Em
1978, após sofrer um atentado que a reduziu a quase duzentos fragmentos, foi encaminhada ao Prof.
Pietro Maria Bardi (à época diretor do
Museu de Arte de São Paulo (MASP), que a examinou, juntamente com o dr.
João Marinho, colecionador de imagens sacras brasileiras. Foi então totalmente restaurada, no MASP, pelas mãos da artista plástica
Maria Helena Chartuni.
Embora não seja possível determinar o autor ou a data da confecção da imagem, através de estudos comparativos concluiu-se que ela pode ser atribuída a um discípulo do monge beneditino frei
Agostinho da Piedade, ou, segundo Silva-Nigra e Lachenmayer, a um do seu irmão de Ordem, frei
Agostinho de Jesus. Apontam para esses mestres as seguintes características:
- forma sorridente dos lábios;
- queixo encastoado, tendo, ao centro, uma covinha;
- penteado e flores nos cabelos em relevo;
- broche de três pérolas na testa; e
- porte corporal empinado para trás.
Nenhum comentário :
Postar um comentário