quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Matriz Basílica: Obras de restauração devem ser encerradas até o final do ano

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A Matriz Basílica, conhecida carinhosamente de Basílica Velha, abrigou a imagem de Nossa Senhora Aparecida por muitos anos, antes da construção da Basílica Nova, o Santuário Nacional.

A Basílica Velha recebe cuidados especiais, trabalho coordenado pela restauradora Cláudia Rangel.

Grande parte da restauração, que é a nave central deve ser entregue aos devotos da Padroeira do Brasil até o final deste ano.

De acordo com a restauradora, Cláudia Rangel, foram quatro anos de muito trabalho.

“Os trabalhos de revitalização na nave central da igreja teve duração de cerca de 4 anos. Foram feitas as partes de douramento das tribunas, recuperados os nichos, os balaustres e as imagens. Tudo foi feito com muito cuidado e por isso demorou tanto. Estamos contentes em entregar esse trabalho esse ano. As imagens foram recuperas em um ano e meio e ainda faltam alguns retoques”, disse Cláudia.

Além da nave central também já está praticamente pronta toda a parte externa da igreja.

“As grades das janelas estão sendo pintadas e ainda faltam alguns retoques na fachada da Matriz. Mas são coisas pequenas que estarão prontas nos próximos dias”, afirmou a restauradora.

As obras de restauração na parte externa da igreja duraram um ano. Para 2012 se estendem alguns trabalhos nas naves laterais. Essas finalizações devem acontecer até o mês de março.

Após essas etapas, serão estudadas as possíveis melhorias na sala de batismo, sacristia e outros pontos que ainda precisam ser analisados.

Histórico das Obras 

Os trabalhos de restauração da Matriz-Basílica de Aparecida, mais conhecida como Basílica Velha, tiveram início em fevereiro de 2004, com a recuperação da Capela do Santíssimo, acometida por infiltrações no teto e nas paredes, num trabalho que consumiu oito meses.

O presbitério e o altar-mor foram os alvos da etapa seguinte. No local, foram recuperadas todas as janelas de madeira, as peças de mármore higienizadas e limpas.

O Arco do Cruzeiro, que separa o altar-mor da nave-central também foi restaurado.

Na fase de restauro do nicho (ou camarim) do retábulo-mor do presbitério, surpresa aos restauradores: uma pintura que traz uma coroa circundada por dois anjos e ornamentada com uma guirlanda e uma flâmula, que traz a inscrição ‘Ave Maria’, foi encontrada sob várias camadas de tinta.

A obra tem data atribuída a 1904 pelo caráter iconográfico da pintura.

A recuperação da pintura original da Matriz Basílica foi a maior dificuldade encontrada pelos restauradores. Estava encoberta por diversas camadas de tinta aplicadas sem critério ao longo de sua história, em pseudo-restaurações que contribuíram ainda mais para a descaracterização do monumento, como a que substituiu todo o madeiramento original do teto por compensado. Foram descobertas sete camadas diferentes de tinta até finalmente ser encontrada a pintura interna original.

Importância Histórica

O reconhecimento da importância religiosa e histórica do templo aconteceu, primeiramente, em 1908, quando a igreja recebeu do Vaticano o título de Basílica de Aparecida.

Em 18 de abril de 1982, foi tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo), como monumento de interesse histórico, religioso e arquitetônico.

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